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Ciclismo e Medicamentos - entenda um pouco mais sobre a linha tênue entre a ajuda e os riscos
06/06/2019
Curiosidades
Depois de adulto, ao escolher o ciclismo como esporte, já na primeira vez que se sobe sobre o banco da bicicleta e se coloca os pés para girarem os pedais, a sensação de liberdade e prazer é quase que instantânea, mas para qualquer pessoa que estava encostada sem praticar nenhum exercício há algum tempo, essas sensações de bem estar podem ser seguidas por dores nas mais diversas partes do corpo. 

Por se tratar de um esporte com quase nenhum impacto para o corpo, o fortalecimentos muscular e ósseo são duas preocupações que cada ciclista deve manter em mente para ter a sua prática em dia, até porque após as primeiras dores a sensação de pedalar cada vez mais rápido e em maiores distâncias são únicas, e cada um aproveita de uma forma indescritível.

Mas, voltando ao final do primeiro dia de exercício, um banho, uma boa alimentação, um analgésico e cama - analgésico?, sim. 

Infelizmente a grande maioria dos praticantes amadores de esportes realizados no Brasil são feitos sem nenhum ou pouco acompanhamento médico e a automedicação acaba se tornando um amigo perigoso no combate às dores e também na ajuda para aqueles que procuram aumentar o rendimento.

Analgésico ou relaxante ajudam?

No primeiro pós treino a dor pode até ser aliviada com o analgésico ou relaxante muscular? Na verdade nem no primeiro e nem nos subsequentes se estes não forem receitados por um especialista, afinal, remédios para dor ou para o relaxamento muscular podem ser mascarar lesões ou indicativos de problemas em certas áreas do corpo

As dores geradas pelo exercício são uma reação natural do organismo e o esforço além do que o corpo está acostumado pode gerar pequenas lesões musculares provenientes pelo estresse, falta de oxigenação ou hidratação da célula, causando dores, mas é a partir dessa lesão que o músculo vai se reparar de maneira mais forte e mais resistente afirma o endocrinologista Francisco Tostes especialista em medicina do esporte. 

Além disso, esse é o processo que mais se espera em qualquer exercício, afinal, é assim que haverá o fortalecimento muscular e consequentemente o aumento da massa magra, que começará a substituir a gordura. Por isso, é tão importante tomar cuidado com a automedicação, afinal, sem prescrição para a venda e acesso fácil em conjunto com as informações desencontradas e mitos da internet, o efeito desses medicamentos pode ser muito mais prejudicial à saúde do que se espera.

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Como lidar com as dores após pedalar?

No ciclismo profissional, várias competições exigem um alto nível do corpo de cada ciclista - é o caso das grandes voltas. No Tour de France por exemplo, são mais de 3 mil quilômetros percorridos em apenas 21 dias e com míseros 2 intervalos de um dia cada (um por semana), o que dá mais ou menos 140 quilômetros rodados em uma média diária com médias de velocidade de podem chegar à 55 Km/H, e ainda existem etapas que  ultrapassam os 200 quilômetros. 

Parece loucura, mas em uma prova de Iron man no triathlon, são mais de 7 horas de exercício intenso e nesses casos existe um detalhe - TODA medicação é controlada pelas equipes devido aos exames anti doping, ou seja, além dos treinos, uma combinação entre tantos outros fatores é essencial para deixar as dores de lado sem qualquer tipo de medicação

Um detalhe de extrema importância e que muitos ciclistas não sabem, é que ao tomar relaxantes e demais remédios para dores, ocorre a inibição das enzimas que ajudam no processo de recuperação do corpo, retardando o ganho de massa magra, 
condicionamento muscular e recuperação.
Outro fator importante, é que ao ingerir analgésicos com propriedades anti inflamatórias, suas composições com esteróides ou outros hormônios podem gerar efeitos colaterais graves em órgãos como rins, fígado, estômago e até mesmo no coração.

Vale ressaltar que a dor é uma condição do organismo para mostrar que algo pode estar errado também e fazer com que ela deixe de existir pode agravar outras lesões geradas em diferentes níveis, não somente muscular, mas nas articulações, pressão arterial ou agravar lesões musculares mais graves.

Por isso, é bom reconhecer quando é hora de parar seu treino seja na intensidade ou na quantidade. Descansar é um fator de extrema importância, e realizar as pausas necessárias para uma recuperação natural é imprescindível. Se manter hidratado e alimentado antes e durante exercícios de longa duração e/ou intensidade são fatores muitas vezes deixados de lado pelos ciclistas, que sentem na pele (ou pedais) a hora em que a falta de um desses componentes bate, fazendo com que qualquer subida vire um Alpes DHuez.

A maioria dos casos para quem pedala uma ou duas vezes por semana são resolvidos com uma boa noite de sono, alongamento e uma bolsa de gelo, assim como para os ciclistas mais entusiastas que andam de bicicleta todos os dias, ou seja, o exercício varia de organismo para organismo em relação à quantidade, intensidade ou necessidade, mas a recuperação e os cuidados não mudam drasticamente de um nível para o outro.

O que é Recomendado?

Para qualquer atividade física, independente do foco (emagrecimento, condicionamento físico, treino para competições, etc...) o primeiro passo é realizar um bom acompanhamento médico completo, seja com uma visita e a famosa corrida na esteira para verificar seu coração, até à um nutricionista se possível. Afinal são esses profissionais que conseguem detectar/indicar o ponto onde você pode chegar e ensinar/indicar o entendimento do que é dor causada pela fadiga muscular ou de uma lesão mais séria. 

Após esse check-up inicial, para você sair pedalando por ai basta encher a caramanhola ou mochila de hidratação, calibrar os pneus, testar os freios e partir para os próximos desafios sempre mantendo a alimentação e a hidratação, regularidade no descanso (se possível com massagens e gelo após os treinos) e respeitando seus limites para poder atingir seus objetivos sem dores de cabeça ou pelo corpo.

Fontes: 
  • Dr. Nabil Ghorayb - especialista em cardiologia e medicina do esporte
  • Dr. Francisco Tostes - especialista em endocrinologia e medicina do esporte
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